Segundo Platão, as ideias são realidades que existem com independência das coisas. Nossos sentidos se enganam e nos enganam. Por isso, para ter um conhecimento verdadeiro das coisas, só mesmo pela ideia da coisa.
Ou seja, Platão está dizendo que existe um mundo inteligível – das ideias – e um mundo sensível – das coisas. E para captar a verdade das coisas o intelecto penetra esse domínio das ideias.
Elas são representações mentais, conceitos que têm existência própria. Precisamos delas para ter a exata noção do que uma coisa é, sem nos fiarmos no objeto sensível, na própria coisa.
Por exemplo, a ideia de um triângulo me diz que é uma figura geométrica de 3 lados. Se eu olhar para uma figura geométrica desenhada que tenha 4 lados, por exemplo, saberei que não é um triângulo. Mas se olhar para uma figura geométrica que tenha 3 lados, saberei que se trata, sim, de um triângulo.
E se eu quiser precisar se é um triângulo equilátero, isósceles ou escaleno, preciso então pensar na definição do que é cada um deles e comparar com a figura que tenho diante dos olhos.
Essa definição é a ideia de triângulo.
Marly N Peres