Francis Bacon (1561-1626), filósofo renascentista expoente do empirismo, zombava das discussões escolásticas contando a seguinte história : na Idade Média, um grupo de monges se reuniu para estabelecer quantos dentes tem um cavalo.
Para isso, eles consultaram a obra de Aristóteles, pilar “adaptado” da doutrina cristã. Como não encontraram a resposta, um monge mais jovem sugeriu que se abrisse a boca de um cavalo e se fizesse uma contagem empírica.
A sugestão foi muito mal recebida pelos aristotélicos ortodoxos – fãs das verdades inquestionáveis – e o jovem foi expulso, por fazer uma proposta tão audaz.
Não se tem notícia sobre a solução do problema.
Marly Peres