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O charuto de Freud

Sigmund Freud (1856-1939) dizia ter plena consciência das limitações racionais do ser humano e chegou a afirmar que a Razão é só uma luzinha, mas ai daquele que a apagar !

A psicanálise se ocupa da interpretação dos sonhos, dos lapsos linguísticos, dos atos falhos em geral, considerando que tudo são sintomas através dos quais o inconsciente reprimido tenta se expressar.

Há quem diga que o próprio Freud tentou, em certa medida, frear essa verdadeira mania interpretativa desencadeada por ele mesmo. Reza a lenda que, certa feita, ele estava fumando um charuto e se deu conta que uma pessoa o observava maliciosamente e comentou :

– Às vezes, um charuto é só um charuto.

Marly N Peres

Para Freud, quem trabalha duro se preserva em boa medida da neurose (ele teve uns poucos lapsos de bom senso…).

– E mesmo que não seja assim, não há solução, dizia ele à filha Anna, pois essa gente não pode se permitir o luxo de um tratamento psicanalítico, que custa os olhos da cara.

Ele sabia bem do que falava, porque sua clientela era feita de aristocratas e membros da alta burguesia.

Mas a filha, sua enfermeira e colaboradora mais íntima (só Freud explica…), dizia sempre ao pai :

– Não se atormente por causa dos pacientes. Que todas as milionárias continuem loucas como são, porque elas não têm mesmo nada para fazer…

Marly N Peres

Veja Os pés de barro de Freud.