Era uma vez um semideus chamado Prometeu, que amava a humanidade e a presenteou com o “sperma pyros“, a centelha divina. Ou seja, uma fagulha do fogo de Zeus.
Na vida real, o fogo era importante para os gregos porque permitiu a eles descobrir a liga metálica e assim forjar armas mais resistentes. Na linguagem simbólica do mito, ele é atributo divino e, portanto, proibido aos mortais.
Por isso Prometeu será castigado. E um dos castigos é a criação de Pandora, a primeira mulher, que, entre outras coisas, libera da jarra os males que assolarão a humanidade.
Esses males dão origem mais tarde aos 7 pecados capitais. A lista foi mudando ao longo do tempo e do papado, mas sempre se teve o cuidado de associar a eles 7 demônios, 7 virtudes etc. Na literatura, os simpáticos 7 anões etc.
Quanto à base filosófica (Platão), a doutrina se limitou a “adequar” nomes (sem pagar direitos autorais), mas os mantém desde então, fielmente :
– 4 virtudes Platão (Filosofia) : sabedoria, justiça, temperança e coragem
– 4 virtudes cardinais (Igreja) : prudência, justiça, temperança e força.
Marly Peres