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As Musas

As 9 filhas da Memória e de Zeus, o Todo-poderoso, presidem as chamadas artes liberais. E a palavra museu significa justamente casa das Musas.

Memória, em grego, se escreve Mnemosyne, de onde vem a palavra anamnese, trabalho de recuperação da memória. Na verdade, o conceito é de Platão e significa rememoração gradativa através da qual o filósofo redescobre dentro de si as verdades essenciais e latentes que remontam a um tempo anterior ao de sua existência empírica.

Até hoje, a anamnese é um interrogatório feito pelo profissional de saúde ao doente, o ponto inicial na elaboração do diagnóstico.

Dessa palavra também se origina o termo amnésia, perda de memória. Afinal, ela, a Memória, serviu de metáfora para os gregos dizerem que sem ela não podemos cultivar o belo, nem reconhecê-lo. O que levou Platão a afirmar que só se conhece o que se reconhece. Falo disso em outra publicação neste Blog, Re-conhecimento.

Quanto às Musas, no início, são as inspiradoras dos poetas, a metáfora daquela vozinha que nos assopra no ouvido uma bela frase, a ideia de uma criação artística. Ou seja, literalmente uma inspiração.

Mais tarde, a influência dessa “força” inspiradora se estendeu a todas as artes e ciências. Na Odisséia Homero fala de 9 Musas, um grupo de divindades sem atributos específicos. A especificação das funções começa com Hesíodo, que dá nome a elas:

A mais velha é ligada à poesia épica, à epopéia.
A 2ª é associada à história.
A 3ª é associada à poesia lírica e erótica.
A 4ª à música.
A 5ª  à tragédia e ao canto.
A 6ª à retórica e à eloquência.
A 7ª à dança.
A 8ª à comédia.
E a 9ª à astronomia.

Hoje em dia, em tempos de intensa pressão social, alguém imaginou as 9 Musas da não-inspiração…


Inspire-se nelas, nem que seja para fazer o contrário !

Marly N Peres