O Olimpo é formado por 12 Deuses, além de outros que não moram lá e são super discretos, pois uma não sai de dentro de casa (Héstia) e o outro reina nas profundezas (Hades).
Cada um tem seu animal e seus objetos-símbolo, assim fica fácil reconhecê-los.
Zeus tem o raio, simbolizando esse olhar que tudo vê. E tem um trono, por ser o Deus todo-poderoso. Tem também a águia, animal que passou a representar o poder – basta ver os símbolos dos EUA, do nazismo, do Império Romano, de Napoleão Bonaparte e até de bandas como Queen e Bon Jovi.
Athena, a Deusa da justiça e da sabedoria, tem uma coruja – animal que desperta e trabalha depois que todos vão dormir, como a Filosofia (frase de Hegel, pois ela elabora sobre a realidade e os outros campos do saber depois dos acontecimentos – ou seja, ela racionaliza). É Athena, filha dileta de Zeus, quem ensina aos homens tudo o que eles conseguem aprender.
Ela se apresenta armada com um capacete, uma lança e um escudo, porque a sabedoria e a justiça precisam sempre lutar para se impor. E seu elmo feito com crina de cavalo é até hoje o modelo para exércitos e guardas de elite no mundo todo. Nikê, a Vitória, a acompanha, pois cabe à Justiça e a Zeus, a força.
Poseidon, o Deus dos mares, tem na mão o tridente que faz tremer a terra. E os animais ao seu lado são do mar, cujas ondas podem nos destruir se não o respeitarmos – um recado de ecologia muito antes de isso ser moda.
Hermes é o mensageiro dos Deuses, por isso tem asinhas nos pés e na cabeça. Segura um saco de dinheiro em uma das mãos, porque é malandro e representa os comerciantes, os negociantes.
Artemis, Deusa da caça e dos animais, tem ao lado uma árvore e uma corça. Mas ela está sempre armada com um arco e flecha. Isso simboliza esses dois lados da moeda, que todos nós temos – um lado caça e mata, o outro defende e protege.
Os Deuses da religião grega não são perfeitos, longe disso. Eles foram imaginados pelos homens para representar justamente o que nós mesmos somos, nosso lado luminoso e nosso lado sombrio, nossas forças e fraquezas.
Além desses, há ainda :
Afrodite figura a beleza sensual ;
Apolo, metáfora da medida, da clareza, da Razão, das artes ;
Ares, senhor da guerra desenfreada ;
Deméter regula os ciclos naturais que alimentam os homens ;
Dioniso, divindade do êxtase e da desmedida ;
Hades, obscuro senhor das profundezas (3º elemento da tríade masculina do poder) ;
Hefesto, divino artesão ;
Hera, rainha do Olimpo, figurando o casamento oficial, o compromisso ;
Héstia, a discreta divindade do interior da casa.
Se quiser saber mais sobre esses divertidos e interessantes Deuses e suas histórias que são a metáfora de como somos, veja nosso canal no YouTube (Instituto Base), onde tem uma série gratuita só sobre Mitologia.
Marly N Peres
